Medicamentos biológicos de segunda geração poderão ser produzidos no Brasil, pois as patentes que protegem estas drogas começam a deixar de valer no país. São medicamentos considerados de ponta para o tratamento de doenças como câncer, esclerose e artrite reumatoide. Estes remédios correspondem a apenas 1% dos medicamentos do SUS, mas 43% dos recursos são destinados à compra dos mesmos. O Ministério da Saúde estima que, só neste ano, o gasto com eles chegará a R$ 4 bilhões.
A criação de versões “genéricas” destes remédios é bem mais complexa do que com outras drogas, já que eles são feitos com substâncias produzidas por células vivas, e não por processos químicos. Possuem moléculas mais longas e complexas que os medicamentos comuns. Desta forma, embora seja possível desenvolver fármacos com ação parecida, é muito difícil que uma indústria farmacêutica diferente da que criou o produto chegue a um resultado exatamente igual. Não sendo rigorosamente idênticos, não podem ser chamados de genéricos, mas sim de biossimilares.
Fonte:Adriana Gonçales (SINFAR-SP), com informações da Folha de S. Paulo