Os manifestantes em favor da atualização da tabela de preços de exames pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se reuniram em Brasília nesta segunda-feira, 5/8, sob a coordenação do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Eles se juntaram ao Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde+10, que entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, mais de 1,8 milhão de assinaturas de apoio ao projeto de Lei que destina 10% das receitas correntes brutas da União para o SUS.
A revisão da tabela SUS para procedimentos de análises clínicas é considerada pelo setor uma necessidade urgente. “Se nada for feito para atualizar a tabela de procedimentos, a população, infelizmente, correrá o risco de perder em qualidade e quantidade dos serviços prestados”, comentou o coordenador do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas (CFF) e Conselheiro Federal pela Bahia, Mário Martinelli Júnior.
A presidente do Sinfargo,Lorena Baía, esteve na da manifestação que contou com a participação de diversos farmacêuticos entre eles, os dirigentes executivos da Feifar Francisco Claudio Souza Melo e Jose Geraldo Martins, entre outros. A mobilização também contou com a presidente do Fentas, Euridice Almeida (todos na foto ao lado). “Somos de luta, defendemos um SUS Publico, Integral e Universal. Defendemos ainda a correção da tabela SUS das analises clinicas estagnada há 19 anos!, observou Lorena Baía. “ A nossa voz fica mais forte com a nossa presença, em defesa de todas as áreas da profissão farmacêutica”, enfatizou José Geraldo Martins”.
Atualmente, o valor pago por um exame de glicose, por exemplo, é de R$1,85, que sequer cobre as despesas com a realização do procedimento. “A proposta é envolver todas as instâncias que possam fazer gestão junto ao Ministério da Saúde pela rediscussão dos valores pagos aos laboratórios, o que vai garantir a sustentabilidade e a qualidade desses serviços essenciais aos usuários do SUS”, reforça a também integrante do Grupo, Lenira da Silva Costa, Conselheira Federal pelo Rio Grande do Norte.
O CFF vai continuar em sua luta, com vistas a sensibilizar as autoridades parlamentares e do Governo sobre a precária situação dos laboratórios. “Há quase 20 anos os procedimentos previstos na tabela não têm a sua remuneração atualizada. O adequado financiamento do Sistema é uma condição fundamental para os serviços oferecidos pelos laboratórios sejam de qualidade”, lembra, Walter Jorge João, Presidente do CFF.
(Fonte: Comunicação do CFF/ com informações do Sinfargo)