A Cerimônia de Abertura do I Congresso Brasileiro de Farmácia e I Encontro Nacional de Proprietários e Gestores de Farmácias e Drogarias foi realizada na noite desta quinta-feira (1º/11) no Centro de Convenções de Goiânia com a participação de várias autoridades do setor farmacêutico nacional.
Durante o evento, a Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária entregou o 1º Certificado de Farmacêutico 7 Estrelas ao ex- Presidente do Conselho Federal de Farmácia, o goiano Jaldo de Souza Santos, honraria que passa a integrar a agenda da instituição, e prestou tributo ao presidente do Conselho Federal de Farmácia Walter Jorge João.
Ainda na solenidade de abertura, o presidente da Goiás Fomento Luiz Antônio Maronesi e o presidente do Sinfar-Go Cadri Awad assinaram termo de cooperação técnica para a criação de uma linha de crédito para todos os farmacêuticos de Goiás.
Coube à presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás dar as boas-vindas a todos os congressistas participantes e a presidente do Congresso Carmem Iris Tolentino, em um discurso emocionado e simpático, falou da alegria de, já no primeiro Congresso, ser possível a participação de representantes de praticamente todos os estados do País. Ela convocou os colegas da farmácia comunitária brasileira a fortalecer o movimento.
Amilson Álvares, presidente da Sociedade Brasileira da Farmácia Comunitária agradeceu a todos os parceiros, patrocinadores nominando a todos e explicou que o Congresso é a concretização de um sonho da SBF três anos depois da criação da entidade cujo grande objetivo é levar conhecimento ao farmacêutico. “Por isso, o foco do Congresso é o serviço farmacêutico e a gestão da farmácia”.
Farmacêutico é um profissional da Saúde
Durante seu pronunciamento, o presidente do Conselho Federal de Farmácia Walter da Silva Jorge João observou que no Brasil são mais de 85 mil farmácias comunitárias que empregam 80% dos farmacêuticos inscritos no Conselhos. Segundo ele, em poucos anos o Brasil será um dos 5 mercados do mundo. Mas a pujança do mercado farmacêutico e o crescimento da indústria no Brasil e o grande número de cursos de graduação em farmácia ( 416, segundo ele) passa uma falsa impressão de que a profissão vive uma espécie de ‘Éden’ brasileiro, o que não reflete a realidade da assistência farmacêutica em nosso país.
Walter Jorge João chamou a atenção para a transição demográfica que estamos vivendo. Em pouco tempo teremos uma maioria de idosos que consome três vezes mais medicamento que a população jovem. E, segundo ele, grande parte da população não tem acesso a serviços farmacêuticos nas farmácias.
Para o presidente do CFF, no Brasil as farmácias estão dissociadas do SUS – à exceção das que estão integradas ao programa Farmácia Popular – desperdiçando um grande potencial sanitário e assistencial, que já é utilizado nos países desenvolvidos. Segundo ele, farmacêuticos empregadores não podem perder de vista o equilíbrio entre o comércio farmacêutico e o papel profissional. Walter Jorge João entende que os serviços farmacêuticos podem ser harmonizados com o lucro.
“O Farmacêutico jamais deve perder de vista que é um profissional da saúde e que deve acolher pacientes na farmácia comunitária, doentes com doença diagnosticada, que ali vão em busca do medicamento orientado”.
O Stand do Sinfar-GO e da Feifar ficou lotado de farmacêuticos na noite de abertura do Congresso.