Cerca de 150 trabalhadores municipais da Saúde fizeram manifestação em frente a Vigilância Sanitária nesta segunda-feira, dia 23/6. A escolha dessa unidade para o ato foi devido as práticas abusivas cometidas pelo diretor da Vigilância, que tem ameaçado os trabalhadores e arrancado os cartazes da greve. Na terça-feira, dia 24, a mobilização será na Maternidade Nascer Cidadão, às 8h30.
O protesto marcou o 12° dia de greve. Na manifestação foram colados cartazes na fachada da unidade e fechada a Avenida Universitária. Durante a ação foram entregues panfletos informativos à população. “Trabalhador na rua, prefeito a culpa é sua!”, entoavam os trabalhadores.”Não estamos lutando por aumento, mas pela manutenção de direitos!”, destacou a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves Barbosa. A falta de infraestrutura da Vigilância Sanitária também foi alvo de críticas. “Alguém aqui já foi no banheiro da Vigilância? “, questionou a presidente do Sinfargo, Lorena Baía. A precariedade de estrutura se estende a todos os setores da Visa.
A diretora do Sieg, Luzinéia Vieira, ressaltou que o direito de greve é garantido constitucionalmente. O mesmo foi reafirmado pelo diretor do Sindsaúde e Sindiffisc, Ricardo Manzi. “É inadmissível nesse momento de greve ter uma atitude antidemocrática como essa”, pontuou. A diretora do Sindsaúde, Maria de Fátima Veloso, argumentou que a mobilização é por direitos e que os trabalhadores não agem às escondidas.
Até agora não houve negociação com o município. Uma reunião chegou a ser agendada para esta segunda-feira, mas foi desmarcada pela gestão. Os trabalhadores municipais reivindicam o cumprimento da data-base de 2014; inclusão de categorias não contempladas e aplicação do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV); criação de gratificação que substitua o percentual perdido com a retirada da Insalubridade dos Trabalhadores do Nível Central; alteração da Lei 8.916/2010 (auxílio-movimentação); inclusão das Gratificações aos Servidores Administrativos da Saúde conforme lotação; condições Adequadas de Trabalho; contra a terceirização das unidades de Saúde e revogação do artigo 99 A e 98 B da lei que trata da incorporação de gratificação para função de confiança e cargo de chefia.
Fonte: Assessoria do Sindsaúde



