Entrevista Lorena Baía:Categoria farmacêutica conseguiu unificar suas propostas

Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás, Lorena Baia de Oliveira Alencar faz uma avaliação bastante positiva do Encontro Estadual dos Farmacêuticos, realizado no auditório da Faculdade Estácio de Sá na sexta-feira, 19/6. Evento conjunto do Sinfargo e Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), o Encontro teve como objetivo preparar propostas para a 15ª Conferência nacional de Saúde (CNS), que será realizada em Brasília  em dezembro deste ano. Confira nesta entrevista, na qual a sindicalista também fala das expectativas para o 8º Congresso da Fenafar e para as Conferências Municipal e Estadual de Saúde.

 

Qual a avaliação que a senhora faz deste encontro?

Considero que foi  um momento muito importante, pois permitiu um debate qualificado tratando dos sete eixos temáticos da Conferência Nacional de Saúde e do eixo transversal. A partir deste encontro foi possível elencar as propostas que pretendemos levar para discussão na Conferência Municipal de Saúde, através dos delegados que aqui foram eleitos, e de lá para a Conferência Estadual e, em dezembro, para a Conferência Nacional. Nós avaliamos os problemas que estamos enfrentando na saúde pública brasileira e, em cima disso, elaboramos as nossas propostas. Através destas intervenções, nós pretendemos contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Estavam presentes no encontro, além de farmacêuticos, gestores de saúde e trabalhadores da área. Isso fortalece essas propostas?

Certamente. O sucesso deste encontro está relacionado a essa construção coletiva, que incluiu a participação de diversos atores. Tivemos a possibilidade de discutir aqui temas fundamentais, como a assistência farmacêutica e o fortalecimento do SUS e também da saúde pública brasileira. E isso fica mais rico quando se reúne usuários, gestores e trabalhadores para dar as suas sugestões.

 

Foram eleitos aqui 10 delegados para o 8º Congresso da Fenafar, que será realizado em agosto. Qual a sua expectativa para este evento?

A expectativa é grande, e também fica a expectativa da formação e composição da nova diretoria da Federação Nacional dos Farmacêuticos. É o primeiro congresso que o Sinfargo participa como entidade filiada à Fenafar e por isso acredito que nossa participação se dará, com certeza, de uma forma mais ativa este ano.

E nós temos os eixos temáticos, onde nós tratamos da carreira; da valorização da profissão farmacêutica; da carreira única de Estado, que é uma bandeira da Fenafar; do movimento nacional pelo Piso Nacional dos farmacêuticos; debatemos também a carga horária, além da formação e a qualificação de recursos humanos.

E como está a organização para a participação na Conferência Estadual?

O Sinfargo é protagonista deste encontro porque puxou esse debate no Estado, reunindo a categoria farmacêutica para discutir os eixos temáticos das conferências. Neste encontro elegemos 10 delegados para a Conferência Municipal, e quando for a etapa estadual, que pode acontecer a partir de agosto, vamos nos reunir com os farmacêuticos que permanecerem eleitos delegados para consolidar nossas propostas. Hoje a categoria farmacêutica conseguiu unificar suas propostas basicamente em 10, que são defendidas também por outras categorias.

E quais são estas propostas?

Dizer “não” a precarização dos serviços; dizer “não” a privatização dos serviços na saúde; inserir o farmacêutico na estratégia de saúde da família; colocar o segmento farmacoterapêutico como um serviço padronizado e reconhecido na saúde pública; e lutar pela unificação da carreira, sem distinção entre os profissionais porque entendemos que cada profissão tem um papel importante a desempenhar na saúde pública. 

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