Depois de enrolar, Governo tenta responsabilizar entidades pela demora do PCCR

-Representante do Sindicato dos Médicos  fez insultos e ofensas pessoais à presidente do Sinfargo Lorena Baía durante reunião  da Mesa

Indignação. Esse foi o sentimento da maioria da bancada trabalhadora durante a Mesa Estadual de Negociação Permanente realizada nesta quarta-feira, dia 16, na Secretaria de Estado da Saúde (SES). Após o secretário de Saúde, Halim Girade, promover uma votação totalmente ilegal e contrária ao Regimento da Mesa, foi aprovada a criação dentro do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração (PCCR) da Saúde de um grupo que separa médicos e odontólogos das demais categorias de nível superior. Essa decisão desvaloriza e desrespeita a equipe multidisciplinar de saúde, que é a base do atendimento no Sistema Único de Saúde.

O Sindsaúde repudia veementemente a posição dos representantes do Sindicato dos Odontólogos e dos Médicos ao demonstrarem um individualismo prejudicial para o trabalho em equipe.  A luta por Saúde Pública de qualidade vem sendo feita há décadas e justamente em um momento tão importante para o avanço da valorização da carreira de todos os trabalhador@s, essas entidades preferiram negociar à parte com o Governo de Goiás se considerando superiores aos demais membros da equipe.

A diretora do Sindsaúde, Flaviana Alves, ao não concordar com o encaminhamento feito pela Mesa, defendeu a unidade das equipes no SUS. Segundo ela, essa atitude isolada favorece a política de divisão das categorias enfraquecendo as equipes multiprofissionais, tão importantes no fortalecimento das diretrizes do SUS.

O representante dos médicos ( Leonardo Mariano Reis) chegou a comparar a necessidade deste tratamento diferenciado a uma compra na feira, onde a nectarina tem mais valor que a banana. Ele insinuou que os médicos são frutas de maior valor do que as demais e por isso devem ser separadas. A comparação deprecia os outros profissionais, como se os médicos trabalhassem sozinhos.  O desrespeito cometido pelo representante dos médicos não parou por aí.

Ele fez insultos e ofensas pessoais  à  Lorena Baía, representante dos farmacêuticos.

O Sinfargo e o Sindsaúde repudiam essa atitude desrespeitosa e vergonhosa.

A Mesa foi constituía graças ao Sindsaúde, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas, técnicos e demais categorias. Foram mais de cinco anos batalhando por um espaço legítimo de negociação.

Mais grave ainda foi a atitude do secretário Halim Girade, que presidia a Mesa. Durante todo o período de ofensas ele preferiu se omitir, sem sequer intervir para que houvesse o mínimo de civilidade na negociação. Inclusive, em determinado momento Halim pediu autorização ao representante dos médicos para que pudesse incluir os odontólogos no mesmo grupo “especial” dos médicos.

Após meses desmarcando reuniões da Mesa, se negando a apresentar os documentos solicitados pela bancada trabalhadora, agindo com total falta de transparência, agora o secretário mais uma vez tenta ludibriar a classe trabalhadora. Durante a reunião, ele fez questão de tentar imputar ao Sindsaúde a responsabilidade para aprovação do Plano, obrigando a entidade aprová-lo como está.

O Sindsaúde repudia esse “joguinho” realizado pela Secretaria de Estado da Saúde. Repudia a separação da equipe multidisciplinar em categorias especiais. Repudia a falta de transparência dos representantes do governo na Mesa Estadual de Negociação. O Sindsaúde luta pela aprovação de um Plano de Carreiras que valorize a equipe, o trabalhador e que siga os princípios e diretrizes do SUS.

Fonte: Sindsaúde-GO com informações do Sinfargo

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