Sinfar discute corte de produtividade em Audiência Pública

O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Goiás participou nesta segunda-feira,13, no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás de audiência pública para discutir o processo administrativo nº 201600013001591 de autoria do governador, Marconi Perillo.  O processo prevê o corte de 50% do adicional de produtividade que poderá gerar prejuízos a 7.115 mil trabalhadores estaduais da Saúde, incluindo farmacêuticos. A produtividade é uma compensação pelo desempenho de cada servidor em seus postos de trabalho e representa mais de 60% do salário do servidor.

Participam do encontro, além do Sinfar, representado pela presidente Lorena Baia, a deputada Adriana Accorsi (PT) juntamente com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT); da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS); do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa).

Segundo a deputada Adriana Accorsi, esta reunião é de mobilização contrária dos trabalhadores da saúde em relação a proposta governamental que está na Casa Civil e deverá chegar no Parlamento para ser votado.

“O Governo do Estado visa reduzir a produtividade que os trabalhadores da saúde recebem. Então, aqui é uma reunião de mobilização no sentido de evitar essa redução, porque para esses trabalhadores, essa remuneração já faz parte da sobrevivência das famílias”, afirma a parlamentar.

Para a presidente do Sinfar, Lorena Baia, a retirada parcial da produtividade é inadmissível. “A audiência foi importante porque tivemos a oportunidade de conhecer e apresentar aos trabalhadores os dados levantados pelo DIEESE em relação à produtividade. É inadmissível que tenhamos que implorar por um direito que já nos é garantido em lei. A luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores exige de nós mobilização permanente para mantermos unidade na luta e obtermos bons resultados”, disse a presidente.

Lorena também reforçou a importância de entidades, como o Sinfar, na luta pelos direitos dos trabalhadores. “O compromisso do Sinfar é de mobilizar a categoria e participar das lutas sempre, somando esforços ao movimento sindical goiano”.

 Já a presidente do Sindsaúde, Flaviana  Alves, criticou a falta de diálogo do governador. “Esse adicional chega a corresponder a mais de 60% do salário e seria uma irresponsabilidade do governo levar esse projeto adiante”. Ainda segundo ela, “em nenhum momento foram discutidas alternativas com os servidores”.

Mandado de Segurança

Na última sexta-feira,10, os servidores estaduais da saúde realizaram, em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, a quarta manifestação em defesa do pagamento integral da produtividade. Desde que o anteprojeto iniciou a sua tramitação na Casa Civil, o Governo de Goiás se mantém irredutível em querer negociar e divulgar seu completo teor. Para barrar a iniciativa, foi protocolado um Mandado de Segurança, por meio de liminar, contra a forma arbitraria que o Governo de Goiás tem conduzido o processo.

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