Produtividade: mesa de negociação da SES não chega a um acordo

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A presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (SINFAR-GO), Lorena Baia, juntamente com representantes do SindiSaúde, Sindicato dos Médicos, Odontólogos, Enfermeiros e Conselho de Assistência Social, participou, na tarde hoje, da Mesa de Negociação com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para discutir a produtividade dos colaboradores do Estado.

A SES anunciou que passa por uma crise financeira e que retiraria 25% da produtividade dos trabalhadores. Todavia, os representantes dos colaboradores da saúde afirmam que não aceitarão o corte. “Os servidores não aceitam perder esse benefício que já faz parte do salário, que por sinal não teve reajuste da data-base. Então, precisamos chegar num acordo, senão não teremos outra opção senão a greve”, afirmou Lorena durante o encontro.

Representando Leonardo Vilela, secretário de Saúde, Lucas de Paula, concordou que o cenário ideal seria não haver redução e cortes e a aplicação do reajuste da data-base, todavia, ressaltou que o momento é crítico e que o prêmio de incentivo tem pesado no orçamento do Governo. “Esse não é um direito absoluto e apesar da perda, a redução da produtividade em 25% seria o mais plausível. Poderíamos ter retirado totalmente, mas preferimos negociar. Nesse momento precisamos desse reajuste e depois temos a oportunidade de brigar pela data-base e abrir portas para outras discussões”.

A presidente do SindiSaúde, Flaviana Alves, foi enfática em dizer que só há negociação se os funcionários tiverem reajuste salarial. “Está faltando transparência e valorização aos profissionais. Se houver aumento do salário de acordo com a data-base, que é um direito do trabalhador, e uma remuneração justa, aí sim podemos abrir mão da produtividade, mas apenas fazer cortes sem um contraponto para os trabalhadores é um absurdo”.

Trabalhadores

Centenas de trabalhadores estiveram na SES em protesto ao corte proposto pela secretaria. Colaboradores que participaram da reunião contaram as dificuldades que enfrentam. “Essa produtividade é a prestação da minha casa. Não posso perdê-la, pois o salário já é baixo. Não tem como a gente abrir mão disso. Estamos no limite”, afirma Marlene Soares, auxiliar de Enfermagem no Hospital Materno Infantil.

O farmacêutico Samuel Dalmo, que trabalha na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, está preocupado com o corte. “É uma situação de muita angústia. É um impacto no rendimento. Tenho uma vida simples, mas organizada e será difícil readequar minhas finanças sem este benefício”. O farmacêutico questiona ainda onde esses quase 3 milhões de reais que serão retirados dos servidores serão aplicados.

Sem acordo

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Depois de duas horas de reunião, e sem um acordo, a categoria permaneceu na posição de que não aceita mais cortes de benefícios. Lucas de Paula ficou de levar a questão ao secretário Leonardo Vilela que decidirá sobre o assunto.

Os representantes dos trabalhadores conversaram com os servidores que estavam na unidade e decidiram organizar manifestações contra os cortes e ameaçam fazer greve caso o Governo não volte atrás na decisão.

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