Já são quase dez anos atuando como farmacêutica. Quem vê Karla Roldão, 33 anos, tão apaixonada pela profissão e dedicada, nem imagina que a escolha foi um acaso do destino. Uma aposta. “Fui a primeira da minha família a ter curso superior, então na época eu não tinha uma referência. Na fila da inscrição para o vestibular decidi o que faria. Li alguns cursos e me interessei por Farmácia, pois queria algo na área da saúde”, relata ela, que é o orgulho e inspiração da família.
Quando começou a estudar, qualquer dúvida sobre a escolha acabou. Karla teve certeza que tinha tomado a decisão certa. Ela conta que a cada aula e conhecimento sobre a área, se sentia mais feliz e convicta de que Farmácia era o curso ideal pra ela, tanto que se apaixonou por saúde pública.
Cada vez mais ávida por conhecimento, a farmacêutica saiu da faculdade e já fez pós-graduação. Anos depois, se formou no Mestrado em Saúde Coletiva e agora se prepara para o doutorado. “Me sinto realizada profissionalmente, tanto que sempre procuro me aprimorar e ser uma profissional cada vez mais melhor”.
Trabalho
Karla trabalha na farmácia popular da Universidade Federal de Goiás e atende diariamente centenas de pessoas. A maioria, idoso. Ao longo de tantos anos adquirindo conhecimento e atendendo o povo, aprendeu que o mais importante é saber ouvir e dar atenção. “O mais importante da profissão, e o que me realizada, é ter contato com as pessoas. Fechamos o ciclo da assistência em saúde e nosso atendimento vai muito além de orientar e entregar o medicamento. O que realmente tem valor é ouvir as pessoas, que às vezes só querem atenção e cuidado”.
Consciente do importante papel que exerce na sociedade, Karla acredita que os colegas de profissão também devem se valorizar. “O farmacêutico precisa ter consciência da importância que tem em todo o processo de saúde, se envolver com os demais profissionais da área e compreender que quando reconhece seu valor, o outro passa a reconhecê-lo”.
