Curso de Escrituração Eletrônica Hospitalar orienta farmacêuticos

imageA Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar do Conselho de Farmácia de Goiás, em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos e as Vigilâncias Sanitárias Estadual, de Goiânia, Aparecida e Anápolis, realizou, na manhã de hoje, o curso gratuito de “Escrituração Eletrônica de Medicamentos Sujeitos ao Controle Especial nas Farmácias Hospitalares”. Pouco mais de 60 farmacêuticos hospitalares participaram do treinamento ministrado pela Coordenadora do CFEAS de Vigilância Sanitária e Ambientalde Goiânia, Thais Cristine de Araújo.

Thaís falou sobre a legislação para implantação da Escrituração Eletrônica, dificuldades enfrentadas pelos farmacêuticos dos hospitais e esclareceu dúvidas dos profissionais. Ela ressaltou que a implantação de um sistema eletrônico visa agilizar o trabalho e minimizar os erros. “A escrituração deve ser feita diariamente, não pode atrasar sete dias. Se passar desse prazo, o hospital pode ser multado, por isso a necessidade de que o farmacêutico faça a escrituração eletrônica, mas também tenha tempo para assistir o paciente”, explica.

O farmacêutico Frederico Inácio, fiscal da Vigilância Sanitária de Goiânia, trabalha fiscalizando as farmácias hospitalares e explica que a escrituração eletrônica visa diminuir a burocracia, agilizar os processos e reduzir a possibilidade de erros de receituário. Ele admite que a legislação não é muito clara sobre como fazer esta escrituração eletrônica, por isso “cada hospital terá que adquirir, desenvolver ou adaptar seu sistema com o programa de escrituração”.

Importância

A presidente da Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar, Mirtes Bezerra, explica que, na prática hospitalar diária, o farmacêutico tem muitas atividades. “Ele é responsável pela compra, armazenamento, conservação, distribuição do medicamento, e controle do abastecimento para que não faltem substâncias. O medicamento controlado também é de responsabilidade privativa do farmacêutico. Sendo assim, todo receituário é encaminhado para a farmácia central do hospital e precisa ser escriturada no livro da unidade. No final de 24h o farmacêutico tem centenas de receitas para serem lançadas manualmente. Isso demora muito. O profissional podia estar na emergência e atendendo os pacientes, mas ele não consegue porque gasta muito tempo na escrituração”.

O desafio agora é que os hospitais comecem a implantar o sistema eletrônico. “Acredito que em um ano vamos conseguir atuar totalmente no meio digital e isso vai permitir que eu tenha mais tempo para focar na assistência ao paciente ao invés de passar a maior parte realizando um serviço manual e burocrático”, explica Flávio Henrique Oliveira, farmacêutico no Hospital das Clínicas.

Com o sistema eletrônico, a presidente do CRF-GO, Ernestina Rocha, espera que “o farmacêutico tenha mais disponibilidade para fazer compras, focar na redução de perdas, melhorar o gerenciando do estoque e avaliação das receitas e ainda oferecer melhor assistência ao paciente”,

Fiscalização

Thais ressaltou que esse momento é de ajuste e aprendizado, tanto para o hospital quanto para Vigilância Sanitária. “Queremos dar o suporte necessário aos profissionais e orientá-los, então, inicialmente não iremos penalizar ninguém”.

image O principal, segundo Mirtes, “é que o farmacêutico atue efetivamente com seu saber e experiência no hospital, proporcionando melhor atendimento ao paciente”.

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